Com o avanço da tecnologia, e o
surgimento das redes sociais, piadas e frases preconceituosas feitas em sala de
aula passaram a ocupar com mais frequência o ambiente online – o chamado
ciberbullying. A possibilidade de expor sua opinião sem estar cara a cara
(através dos celulares, blogs, sites, entre outros), faz com que muitas pessoas
cometam atos absurdos na internet. O que se torna cada vez mais preocupante é
quando um segredo ou fotos comprometedoras de alguém é colocado na internet, gerando
desespero na vítima que pode levá-la a cometer suicídio.
O caso de suicídio da adolescentede 15 anos, Amanda Todd, no Canadá em 2012 fez com que vários países vissem as
provocações e intimidações online como algo a ser combatido. Após ter suas fotos
de topless distribuída entre os colegas da escola, Amanda entrou em depressão e
buscou nas drogas um refúgio. Mas não adiantou. Casos semelhantes têm
acontecido no Brasil recentemente, onde a liberdade de expressão que se tem na
internet e que pode interferir de forma negativa na vida de alguém, adquire
rumos que se renovam. Pois muitas pessoas que sofreram bullying, acaba retribuindo
e torna este ato um ciclo que cresce a cada dia.
Mas, tentativas para banir o
ciberbullying estão sendo pensadas. A americana Trisha Prabhu de 13 anos, escreveu o projeto Rethink para o Google Science Fair a fim de reduzir a prática no ambiente
online. De acordo com suas pesquisas cerca de 50% dos jovens na faixa etária de
12 a 18 anos são vítimas deste crime; e mais de um em cada três adolescentes já
sofreram ameaças online. O objetivo do Rethink é diminuir o fluxo de mensagens ofensivas nas
redes sociais, fazendo com que a pessoa repense sua ação através de um sinal de
alerta.
Bullying contra os nordestinos
Com as eleições para presidente
deste ano, a disputa acirrada entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio
Neves (PSDB) dividiu os votos entre os brasileiros, em que a grande quantidade de
votos do nordeste destinado à candidata possibilitou sua reeleição. Este fato
gerou revolta entre muitos eleitores de Aécio Neves (do sul e sudeste), que vieram
com ofensas aos nordestinos. Mas locais como Manaus já possui formas de combate ao preconceito gerado nas redes sociais – principalmente no Twitter.
O incentivo a pessoas que sejam
ofendidas na internet, é que procure órgãos de defesa do cidadão, como o
Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Polícia Civil, a fim de
realizar as denúncias. Afinal, o que deveria ser um ato democrático, onde as
discussões e ideias fossem respeitadas (para se chegar ao candidato escolhido),
ganhou uma grande repercussão na rede, de tal forma que chegou a reduzir a
ideia de democracia e de liberdade de expressão.
Autora: Lorena Correia