sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Internet: Um passo para a democratização


Seria espantoso ouvir alguém perguntar: “onde encontro essa informação?”. Porque com a internet ficou mais fácil saber sobre vários conhecimentos da humanidade, e sobre o que acontece em um lugar distante, do ponto de referência, em apenas alguns segundos. Antes da internet, a rede de comunicação era feita por conversas pessoais, em cartas, e mais tarde com aparelhos de emissão de voz. Mas até mesmo com a televisão, o receptor ficava restrito às informações veiculadas pelos monopólios da comunicação, que costumavam atender apenas aos interesses políticos e econômicos. Mas, agora, o receptor consegue se tornar emissor da informação, expor sua opinião e revelar outro viés sobre algum fato.

A internet foi se expandindo e, com isso, surgiram as redes sociais, em que as pessoas criam perfis, contas, e deixam que seus amigos vejam suas informações. Espaço onde podem escrever, colocar fotos, vídeos, e compartilhar todos esse conteúdos. Como já foi dito anteriormente, qualquer indivíduo - que disponha do acesso à internet - consegue atuar como emissor, e suas mensagens poderão chegar aos vários cantos do globo. Essa atuação que foi dada ao povo pode modificar também os rumos da política, o que foi conferido em 2011 com a Primavera Árabe.

A utilização das redes sociais foi de extrema importância para a organização da chamada Revolução Árabe, que aconteceu em alguns países do Oriente Médio e Norte da África, liderada por jovens desempregados, insatisfeitos com a situação político-econômica.  A luta foi contra governos ditadores, e os países pioneiros foram a Tunísia e o Egito, que acabaram influenciando outros países na luta por melhores condições de vida, através da disseminação das informações nas redes sociais como Facebook e Twitter. Nesses espaços, houve debates, divulgação de locais e horários de protestos.

É notório o quanto a comunicação horizontal na internet possibilita mudanças em vários aspectos da sociedade, até mesmo político. Como é afirmado em “O futuro da Internet”, de André Lemos e Pierre Levy: através da emissão livre, dos compartilhamentos de informação, pode se almejar “mudanças globais da esfera política em direção a uma ciberdemocracia”.

Autora: Aline Valadares

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O risco de se viciar

Faz parte do homem querer se comunicar. É uma necessidade que começou a ser praticada com desenhos e a escrita (com as cartas). A evolução tornou-se tão grande que foi possível ouvir a voz de uma pessoa que estava a quilômetros de distância, através do rádio em 1920. Ouvir programas de entretenimento, músicas e notícias, tudo através de um objeto que emitia a voz. Mas o objetivo, ao longo dos anos, nunca foi se contentar com apenas isso. Era preciso ver quem falava, como seriam suas roupas ou o modo de expressar-se. Com isso a televisão, em 1923, veio para elevar o nível da comunicação entre as pessoas, mesmo com suas imagens inicialmente em preto e branco.

A comunicação foi um instrumento tão aprimorado, que se tornou possível constituir uma grande rede. Não só de computadores, mas de informação. Na internet é possível procurar ou ser encontrado. Pesquisar e até ser pesquisado. Porém o que está realmente prendendo mais e mais as pessoas no “mundo” online são as chamadas redes sociais. Nelas podemos fazer diversas coisas, conversar, ver imagens, enfim, uma pluralidade de ações. Isso cresceu com tamanha força, que em vez de ajudar, em alguns casos, está atrapalhando.

Muitas pessoas, em sua maioria adolescentes, andam de cabeça baixa, distraídos pela telinha do celular ou smartphone. Basta só um bipe do WhatsApp, ou a atualização de status no Facebook ou em qualquer outra rede de relacionamentos para prender ainda mais a atenção. O fato é: tem pessoas viciadas. Não é um vício qualquer. Em uma reportagem da revista Isto É, uma jovem diz ter deixado de viajar por causa do tempo que ia levar sem internet durante a viagem. Vários casos de dependência surgem a cada dia, trazendo novidades como a Selfie e o "Bull Selfie". Com isso a ansiedade aumenta a agonia e o medo de passar um segundo sem estar conectado.


E a tendência, desse manuseio incontrolável, é aumentar. Pois há crianças que mal nascem e já ganham um tablet de presente, assim como um perfil no Facebook. Será que essa atitude é errada caro leitor? Não se pode julgar, mas também apressar as coisas não soa tão necessário. Então, o que foi feito para obter informação de forma mais rápida, acabou por trazer entretenimento e também muitos momentos bons entre as famílias e seus amigos. Talvez o vício e a necessidade de receber uma curtida ou uma resposta instantânea com quem se fala numa rede social, sejam apenas uma forma encontrada para ser aceito e aceitar. 


Autora: Lorena Correia
Imagem: Google

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Porque o Orkut acabou?

Ao fim deste mês de setembro será decretada a extinção do Orkut.  Após completar 10 anos de funcionamento, sua existência chega ao fim. Poderia apontar diversas causas para sua inevitável obsolescência, porém a mais convincente é a evolução das suas concorrentes. Entre elas o Facebook, o vilão número 1. Em 2011, o Orkut começou a perder usuários. E no início de 2012 foi ultrapassado pelo Facebook que tomou seu posto de maior rede social no Brasil.


A rede social online Orkut foi fundada em 2004, e se tornou fenômeno na época em termos de tecnologia da comunicação. Filiada ao Google tinha como alvo os Estados Unidos, porém alcançou maior número de seguidores no Brasil e na Índia. A plataforma tinha como características triviais para se classificar como rede social o bate-papo, o compartilhamento de álbuns de fotos, de vídeos, de depoimentos e recados no mural e ainda haviam as famosas comunidades.

Há grandes mudanças do Orkut para o Facebook, entre elas estão a criação da linha do tempo e a impossibilidade de saber quem visitou o seu perfil. Mas o que realmente pesa é a ausência das comunidades. Apesar de procurarmos somente comunidades com as quais nos identificávamos, havia a possibilidade de conhecermos pessoas diferentes que compartilhavam dos mesmos pensamentos, algo que não acontece no Facebook e que acaba limitando seu usuário e barrando a serendipidade. Os grupos formados por amigos do Facebook ainda não funciona como o “fórum” de debates do Orkut, e dificilmente funcionará, pois em sua maioria são utilizados como ferramentas de trabalho.

Os defensores do Orkut veem o Facebook como um campo de “guerra de egos”, na qual alimentamos diariamente nosso perfil com recursos de texto e audiovisual para travar as batalhas das curtidas, dos compartilhamentos e das cutucadas. As pessoas atualmente já postam algo pensando em como vão ser aceitas, se vão ganhar muitas curtidas e como vai ficar a reputação online pós-postagem.

Este último argumento nos leva a citar um vídeo chamado “What’s on yourmind?”, que está em nossa página de relacionados. Dirigido e escrito pelo norueguês Shaun Higton, narra a história de um personagem que mente sobre a sua vida para ganhar novos "curtir" em seus posts e transformar a sua rotina mais emocionante.
Antes do Orkut vieram ClassMates (1995), AOL Instant Messenger (1997), Sixdegress (1997), Friendster (2002), My Space (2003), LinkedIn (2003), entre outros. Depois do Orkut vieram Facebook (2004), Twitter (2006), Instagram (2010) e virão outras e outras, porque essa é a tendência, as redes sociais surgem exatamente dessa necessidade do ser humano em compartilhar com o outro, criar laços sociais que são norteados por afinidades entre eles. O homem anseia pelo novo e a obsolescência programada é a consequência dessa condição.



Autora: Paula Trindade
Imagem: Google

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Novas redes sociais

É preciso estar conectado. A cada dia as pessoas necessitam das redes sociais para fazer coisas variadas. Tudo dentro de uma cadeia de vontades ou desejos, com finalidades ilimitadas. Afinal, não basta apenas estar conectado, em seu Facebook, Twitter ou Instagram. É considerável dar uma curtida numa foto de um amigo, ou comentar o status do outro. Claro que conversar no bate-papo é interessante ou simplesmente postar o almoço do dia que acontece em um lugar diferente.
Estar online também significa se aventurar, conhecer pessoas ou assuntos novos. É poder criar vídeos divertidos para compartilhar, ou simplesmente conversar e ver uma pessoa que pode estar em outro Estado ou país. Mas na era da conectividade, nós nunca estamos 100% satisfeitos. Pensando nesse querer mais que faz parte do ser humano, várias redes sociais estão se desenvolvendo e atraindo novos “seguidores”.
Abaixo estão 10 redes sociais que vale apena conferir:
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 tem uma proposta ousada que é cobrar para que os usuários possam acessar certos conteúdos. Gostou desta foto? Quer saber o que ando fazendo por aí? Pague por isso. Os valores variam entre US$ 1,99 a US$ 34,99. Já faz sucesso entre celebridades, como Miley Cirus e David Guetta. Por que é legal: É possível ganhar dinheiro se você for popular. Sistemas: iOS e Android (em breve).

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A rede estreou em janeiro deste ano e chegou com um conceito que remete muito aos GIFs animados. Nele, o usuário pode criar pequenos vídeos de seis segundos. O cadastro pode ser feito associando sua conta no Twitter. Ainda há muitas contas sem conteúdo e pouco engajamento, mas parece promissor. Por que é legal: Gera vídeos engraçados, mas ainda precisa comer muito feijão pra chegar ao prestígio de um Instagram. Sistemas: iOS.

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Funciona assim: a pessoa posta uma foto e pede uma opinião. Aí os usuários colocam “thumbs up” (a joinha, polegar pra cima) ou “thumbs down” (o oposto). Os criadores prometem um grande feedback e engajamento. Mas, o que vemos até o momento, é um lugar meio desabitado. Por que é legal: Se você for uma blogueira (o) de moda, pode postar o “com que roupa eu vou” e obter opiniões. Sistemas: iOSAndroid e web.

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Bem parecido com o Thumb, esta é uma rede social para obter respostas. Aqui, a possibilidade é maior para questões mais práticas. Se você quer saber de qual lugar pertence uma foto, ou quem está cantando uma música, basta postar a pergunta. Mas, também é possível pedir opinião sobre algo sério ou lúdico. Pouca gente ainda debate por lá e o Pergunter vai ter como concorrente de peso o Thumb. A pergunta mais respondida por lá tem – atenção – OITO respostas. Apesar de ser todo em inglês, o app é brasileiro. É bom ficar de olho. Por que é legal: Pode ser divertido conseguir respostas para o que te aflige. Ou ainda arrumar companhia para falar de assuntos sérios. Sistemas: iOS.

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Talvez a nova rede social mais comentada no momento. Ela chama atenção pela sua exclusividade. Para fazer parte é preciso de um convite. Depois, os curadores precisam aprovar a entrada de novos usuários, que poderão fazer posts. A intenção dos criadores é manter o nível de qualidade alto. Para leitura, o acesso é livre. A rede, claro, já foi acusada de elitismo, o que vai de encontro ao espírito da web, que é livre e democrática. Polêmicas à parte, você pode se inscrever com a conta do Twitter pelo site. Por que é legal: Se você for aceito, vai ter uma audiência de bom gosto (dizem).

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Novíssimo, a rede surgiu este mês. A ideia é boa. Aqui, você faz o anúncio de um produto com uma foto em um espaço curto, semelhante ao Twitter. Com isso, os usuários entram em contato com o vendedor. Também é possível compartilhar, caso você queira ajudar a popularizar o produto. Por que é legal: É uma maneira prática e divertida de fazer negócios. Sistema: iOs e Android (em breve).

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Na mesma proposta de venda com praticidade, o Chirpify oferece o “pagamento com um clique”. Usando o Twitter ou Instagram, você oferece um produto e o preço citando @Chirpfy. Quem quiser comprar, basta responder ao perfil dizendo “Buy” (compro!). É gratuito para usar, mas a rede fica com 5% da transação. A banda Green Day já usou a rede. Por que é legal: É muito prático para fazer compras online e oferece muitas possibilidades no futuro. É preciso fazer cadastro.

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Esta já é bem antiga, mas se popularizou bastante nos últimos meses. É uma rede social brasileira voltada para amantes de livros. Aqui você pode fazer check-in no que está lendo e compartilhar seus gostos com os outros usuários. É bastante promissora e já está recebendo atenção de grandes editoras. Por que é legal: É possível descobrir escritores, livros e adicionar conteúdo. Sistemas: apenas web por enquanto. Na AppStore tem um aplicativo com o mesmo nome, mas trata-se de um leitor de e-books que não tem nada a ver com a rede social.

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Este é um dos mais inovadores este ano. Chirp é uma rede social que faz compartilhamento de arquivos por áudio. Funciona assim: o app emite uma frequência específica por dois segundos, e aparelhos habilitados reconhecem a frequência começam a fazer o download. Melhor ainda, esse barulho pode ser amplificado por caixas de som para quem uma grande audiência possa receber o arquivo ao mesmo tempo. Ou ainda fazer embed no Youtube. Por que é legal: É uma evolução, pois acaba com a chatice que é depender de Bluetooth ou ter que mandar por email. Sistema: iOS.

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Ele surgiu como um “Grindr hétero”, pois possibilita conhecer pessoas que estão perto usando o GPS do celular. A ideia é favorecer encontros em um sistema de paquera prático. Ao contrário do Grindr, o Twoo tem mais recursos, mas a ideia é basicamente a mesma: tem alguém perto de você interessante, por que não marcar um encontro? Por que é legal: A tecnologia pode dar uma mãozinha para aplacar sua solidão (nunca mais #foreveralone). Sistema: iOs e Android.




Fonte: Mundo Bit(UOL)
Autora: Lorena Correia  

domingo, 14 de setembro de 2014

Mídias Sociais



As mídias sociais são espaços que possibilitam a interação social de qualquer pessoa a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos. 
Elas abrangem diversas atividades que integram tecnologia, interação social e o compartilhamento de fotos, vídeos e áudios. Esta interação e a maneira na qual a informação é apresentada depende de cada usuário e seus interesses pessoais.
As redes sociais são um tipo de mídia social. Antes da popularidade das redes eram os fóruns e grupos de e-mail que faziam a função de unir através da internet pessoas com interesses em comum.
Outros formatos que podem ser considerados exemplos de mídia social: Blogs - Blogspot, Wordpress (publicações editoriais independentes); Microblogs – Twitter (publicações independentes limitadas a certo número de caracteres); Compartilhamento de conteúdos multimídia – YouTube, 4shared, Flickr, SlideShare, Vimeo; Referência – Google, Wikipédia (ferramentas de pesquisa) entre outros diversos tipos.


Links:
Mídias Sociais na Wikipédia
O que são mídias sociais?

Autora: Paula Trindade
Imagem: Google
Vídeo: Youtube

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Redes Sociais e a Serendipidade


Na vida procuramos nos cercar de pessoas que nos fazem bem. Adicionamos em nossa rede pessoas com quem temos afinidades. Por isso acabamos de certa forma limitando nossos horizontes. Grupos, amigos, páginas e fotos curtidas, cutucadas, toda essa estrada percorrida por nós nas redes sociais acaba nos envolvendo em um círculo que dificulta o acontecimento da serendipidade.
Nos acostumamos com a estabilidade do nosso mundo online exatamente porque esse mundo, diferente da realidade, esta sobre nosso “controle”. É como a teoria do mundo das ideias de Platão, o filósofo grego, propôs que o mundo real era apenas uma cópia mal feita do mundo perfeito das ideias.
Partimos do princípio que as tecnologias surgiram para nos trazer conforto. E buscar coisas novas nos desafiam. A serendipidade é complexa e isso se torna um empecilho. O que precisamos entender é que complexidade não descreve algo difícil, mas algo que precisa ser tecido junto com pessoas heterogêneas interagindo, pois somente assim adquirimos novas informações e podemos atingir a serendipidade.
No cotidiano tomamos posse de um pensamento linear e racional de realizar metodicamente nossas atividades diárias. Esquecemos da subjetividade das coisas. Nos privamos das novas experiências. As redes sociais são um meio importante de interação, mas interagimos apenas com o que escolhemos.
A serendipidade tem uma ligação com a estética da comunicação, pois a estética tem como principio básico, a busca pelo questionamento continuo sobre todas as coisas. Utiliza-se da experiência para responder as perguntas levantadas e abre espaço para novos questionamentos. É isso que nos falta, abrirmos nossas mentes para uma catarse.


Autora: Paula Trindade