Na vida procuramos nos cercar de pessoas que nos fazem bem. Adicionamos em nossa rede pessoas com quem temos afinidades. Por isso acabamos de certa forma limitando nossos horizontes. Grupos, amigos, páginas e fotos curtidas, cutucadas, toda essa estrada percorrida por nós nas redes sociais acaba nos envolvendo em um círculo que dificulta o acontecimento da serendipidade.
Nos acostumamos com a estabilidade do nosso mundo
online exatamente porque esse mundo, diferente da realidade, esta sobre nosso “controle”.
É como a teoria do mundo das ideias de Platão, o filósofo grego, propôs que o
mundo real era apenas uma cópia mal feita do mundo perfeito das ideias.
Partimos do princípio que as tecnologias surgiram para
nos trazer conforto. E buscar coisas novas nos desafiam. A serendipidade é
complexa e isso se torna um empecilho. O que precisamos entender é que
complexidade não descreve algo difícil, mas algo que precisa ser tecido junto
com pessoas heterogêneas interagindo, pois somente assim adquirimos novas
informações e podemos atingir a serendipidade.
No cotidiano tomamos posse de um pensamento linear e
racional de realizar metodicamente nossas atividades diárias. Esquecemos da
subjetividade das coisas. Nos privamos das novas experiências. As redes sociais
são um meio importante de interação, mas interagimos apenas com o que
escolhemos.
A serendipidade tem uma ligação com a estética da comunicação,
pois a estética tem como principio básico, a busca pelo questionamento continuo
sobre todas as coisas. Utiliza-se da experiência para responder as perguntas
levantadas e abre espaço para novos questionamentos. É isso que nos falta,
abrirmos nossas mentes para uma catarse.
Autora: Paula Trindade
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